“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. (Martinho Lutero)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Morre David Wilkerson

"Não foi um acidente. Não foi uma falha de tua parte."



David Wilkerson


Crer quando todos os recursos fracassam agrada sumamente a Deus e é plenamente aceito por Ele. Jesus disse a Tomé: "Porque me viste, creste. Bem-aventurados os que não viram, e creram" (Jo.20:29).

Bem-aventurados os que crêem quando não há evidência de uma resposta à sua oração. Bem-aventurados aqueles que confiam além da esperança quando todos os meios têm fracassado.

Alguém tem chegado a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ente querido enfrenta a morte e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre mas este não ocorreu.

É neste momento, quando as fortalezas de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e questionamentos esmagadores como: "Onde está Deus? Você orou até não restar mais lágrimas, jejuou, parmaneceu nas promessas e confiou". Pensamentos blasfemos tomam a sua mente: "A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar mais a Deus, porém jamais voltarei a confiar n'Ele. Não vale a pena!" Até perguntas sobre a existência de Deus  vêm à sua mente.

Tudo isto tem sido o mecanismo empregado por Satanás por séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todos os tempos viveram tais ataques demoníacos.

Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam estam palavra: O pranto durará algumas escuras e terríveis noites, mas em meio a esta escuridão, de repente você ouvirá o sussurro do Pai: "Eu estou contigo. Neste momento não posso dizer-te o porquê, porém um dia tudo fará sentido. Verás que tudo era parte do meu plano. Não foi um acidente. Não foi uma falha de tua parte. Agarra-te forte. Deixe que te abrace nesta hora de dor." 

Amado, Deus nunca jamais deixou de agir com bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece. Mantenha a tua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança neste mundo.


Esta devocional foi publicada ontem no site do seu ministério, no mesmo dia em que ocorreu o trágico acidente. 


David Wilkerson morreu ontem num acidente automobilístico, no estado do Texas, Estados Unidos. Ele dirigia um sedã Infinity e colidiu de frente com um caminhão. De acordo com o Departamento de Segurança daquele estado, Wilkerson não estava usando cinto de segurança. A esposa do ministro, Gwen Wilkerson, de 70 anos, usava o cinto e sobreviveu. Ela foi transportada de helicóptero para o East Texas Medical Center, de Jacksonville, e seu estado é grave. O motorista do caminhão, Frederick Braggs, de 38 anos, foi atendido no mesmo hospital, mas sofreu apenas ferimentos leves.

David Wilkerson é conhecido mundialmente pelo seu trabalho na evangelização de drogados e jovens marginais e também pelo livro A cruz e o punhal,  que relata os primeiros anos de seu ministério. Ele é o fundador do Desafio Jovem, entidade internacional dedicada a recuperar jovens do mundo das drogas e do crime.

A morte de David Wilkerson, aos 79 anos, também cala uma das vozes mais poderosas contra os desvios doutrinários e as aberrações comportamentais que invadiram a Igreja nos últimos anos. Ele se mostrava profundamente angustiado com a situação e com a letargia do povo de Deus diante do avanço desses modismos, cobrando uma atitude dos cristãos. Ele dizia: “Nós nos agarramos a nossas retóricas religiosas e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão passivos! A verdadeira paixão nasce da angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo vem de um batismo de angústia”. Que a sua morte não seja motivo de esquecermos as suas palavras.


Fontes: CBN, The Washington Post, Palestine Herald Press. Via O Balido

Pesquisa revela que o Brasil é o terceiro país que mais acredita em Deus

Uma pesquisa realizada pela Ipsos para a agência de notícias Reuters fez um levantamento em 23 países sobre a crença em Deus, deuses ou ‘entidade divina’ e relatou que o Brasil é o terceiro pais que mais acredita em ‘Deus ou em um ser supremo’.
Em nosso país 51% dos entrevistados ‘definitivamente acreditam em uma ‘entidade divina’ comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não têm certeza’, de acordo com a pesquisa que ouviu 18.829 adultos.
A Indonésia é o país que mais acredita na existência de Deus com 93% dos entrevistados, em segundo lugar está a Turquia com 91% e o Brasil em terceiro lugar com 84% dos entrevistados.
O estudo também levantou dados sobre a crença em vida após a morte e o Brasil também ficou em terceiro lugar. O México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.
Entre os que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas ‘não especificamente em um paraíso ou inferno’, 19% acreditam ‘que a pessoa vai para o paraíso ou inferno’, outros 7% acreditam que ‘basicamente na reencarnação’ e 2% acreditam ‘no paraíso, mas não no inferno’.
Quanto à reencarnação o Brasil fica em segundo lugar na pesquisa neste quesito, com 12% dos entrevistados. Em primeiro lugar está a Hungria onde 13% dos pesquisados acreditam na reencarnação. Em terceiro lugar está o México com 11%.
Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%.

Descrentes e Indecisos

Do lado oposto está 18% do total mundial que afirmam que não acreditam em ‘Deus, deuses, ser ou seres supremos’. A França lidera a lista de descrentes com 39% dos entrevistados.
A Suécia vem em segundo lugar, com 37% e a Bélgica em terceiro, com 36%. Mas por aqui, apenas 3% dos entrevistados declararam que não acreditam em Deus, ou deuses ou seres supremos.
A pesquisa também concluiu que 17% dos entrevistados em todo o mundo ‘às vezes acreditam, mas às vezes não acreditam em ‘Deus, deuses, ser ou seres supremos’.
Entre estes, o Japão está em primeiro lugar, com 34%, seguido pela China, com 32% e a Coréia do Sul, também com 32%. Nesta categoria, o Brasil tem 4% dos entrevistados.

Criação X Evolução

O Instituto Ipsos também abordou questões sobre o evolucionismo e o criacionismo e entre os entrevistados no mundo todo, 28% se definiram como criacionistas, acreditam que os seres humanos foram criados por um Deus e não acreditam que a origem do homem viesse da evolução de outras espécies como os macacos.
Enquanto que 41% dos entrevistados no mundo todo se consideram evolucionistas, acreditam que os seres humanos são fruto de um lento processo de evolução a partir de espécies menos evoluídas como macacos.
Fonte: Gospel Prime
Com informações G1

O Verbo 

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

CRISTO VIVE! ALELUIA!

 

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Leituras bíblicas:
Salmo 96
1º Pedro 1.3-9
João 20.11-18



Sermão do culto de Páscoa 2011 - pastor Arno Goerl
parte 1



Sermão do culto de Páscoa 2011 - pastor Arno Goerl
parte 2



(áudio também na barra lateral direita)


Cristo ressuscitou, aleluia!
Texto encontramos no evangelho lido, João capítulo 20, versículo 14.
“Viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus”

Estimados irmãos e irmãs: Não temos um Deus morto. Cristo vive. Venceu a morte, está com cada um de nós até o fim dos tempos e nos dá a vida eterna. É por isso que o apóstolo Pedro enaltece o Senhor Deus dizendo: “Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que em sua muita misericórdia nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo, dentre os mortos”. Mas essa alegria, pela ressurreição de Jesus que garante a presença do Deus Vivo em bençãos, em consolo, em força, refúgio e eterna salvação, muitos não tem... muitos não querem. Foi o caso dos sacerdotes e fariseus que pediram ao governador  Pilatos  para enviar uma escolta de soldados, a fim de guardarem a entrada do túmulo em que Jesus estava deitado, para que não roubassem o corpo de Jesus e não dissessem: “Ele ressuscitou!”
Diz o texto: ”Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta”.  Não queriam que Jesus saísse da sepultura. Que Ele permanecesse lá, nesta tentativa de silenciar a Jesus e a sua palavra, em que tudo fazem para apresentar Jesus como um simples homem, e homem mortal, é algo que acontece em todos os tempos! Quando falam de Jesus como um simples profeta, como um Buda, como um Maomé, como tantos outros...  e quem sabe, aqui no Brasil, Chico Xavier seja maior do que Jesus! Isso se repete em toda a história, em que tentam apresentar Jesus como um modelo de homem mortal, nada mais! Exemplo de amor ao próximo. Exemplo de resignação. Exemplo de sofredor. Isto quando não ficam revirando sepulturas em busca dos ossos de Jesus! Como se ainda ele estivesse lá! Não querem o Cristo ressuscitado! Não querem que Ele seja muito mais do que um simples homem! Não querem o Deus vivo, que em seu Filho, Jesus, venceu a morte, para reconciliar-nos consigo mesmo, e está conosco todos os dias e nos dá a vida eterna! Isto não querem! Querem deuses mortos! Querem suas vãs filosofias, querem ser os seus próprios deuses, ou criar ídolos; estátuas para culto! Não é sem motivo a desgraça humana! Isto tem preço! Não é sem motivo a angústia, a neurose, o desconsolo,  a desesperança,  a corrupção, a violência, a tragédia humana, por que tudo fazem para deixar a Jesus na sepultura! Que permaneça enterrado! Que vire pó, que seja minimizado, desapareça! E depois fazem de conta, nas sextas-feiras da paixão e nos domingos de páscoa, que prestam culto a esse Jesus! Não querem o Deus que venceu a morte, que ama e salva os pecadores! Entretanto, não vamos longe! Não apenas os incrédulos enterram a Jesus. Também nós. Também nós! Em nossas grandes fraquezas, quando vivemos como se Jesus não estivesse aqui, como se não estivesse em nossa vida, quando a promessa é: Eu estou com vocês todos os dias, até na morte, e vou ressuscitar vocês! Já aqui vou abençoá-los! Mas vivemos como se Jesus fosse algo apenas para os domingos; afinal, desde pequeno é assim, é uma tradição! Não faz parte da vida! Jesus permanece enterrado durante toda a semana, de segunda á sábado! Ressuscita para alguns durante aquela hora de culto, nada mais! São os grandes momentos de fraqueza, em que queremos ver a Jesus sepultado, quieto, sem falar nada! Com Maria Madalena aconteceu algo semelhante. Jesus havia dito que, ao terceiro dia, ressuscitaria dos mortos. Maria Madalena sabendo disto, ao terceiro dia, foi á sepultura visitar um Jesus morto! A sepultura estava vazia e ele nem pensou na possibilidade de que Jesus houvesse ressuscitado! Nem lhe passou pela cabeça! Momento de fraqueza, de cegueira, de incredulidade! Jesus aparece a ela frente a frente. Conversa com ela e ela não reconhece Jesus! “Viu Jesus em pé”! Ela não estava de costas! Viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus! Seus ouvidos estava surdos, surdos para a verdade ” Cristo vive”! Seus olhos estavam cegos pelas lágrimas, pela tristeza; não enxergava mais nada! Seus pensamentos confusos, sua falta de fé... tudo isso fazia com que ela pensasse que a morte tivesse vencido a Jesus. E naquele momento, para ela, a vida não tinha mais sentido... tudo que acreditava, toda paz, toda alegria, toda força, toda segurança que sentia com Jesus, tudo desabou por terra... é o que acontece inevitavelmente, sem exceção, sem exceção alguma, mais cedo ou mais tarde, com aqueles que não tem o Deus vivo, mas agarram-se a si mesmos,  ou a deuses mortos. Foi o que aconteceu a Maria Madalena, enquanto ela não reconheceu a Jesus! Mas quando reconheceu, “Raboni!” (mestre!), a transformação foi radical e a paz, a alegria, a esperança, as certezas retornaram ao seu coração porque essa é a verdade: Cristo vive! Não temos um Deus morto, mas um Deus que, em seu Filho, nos amou desde antes da fundação do mundo e o enviou até a morte, e morte de cruz; e o ressuscitou ao terceiro dia  para dar vida em abundância e vida eterna a todos os que nEle creem! Esta é a verdade que procuram de todas as formas enterrar, deixar lá na sepultura de Jerusalém! Cultuam a sepultura! Jerusalém, hoje, está lotada de turistas, que até choram diante daquilo que seria a sepultura de Jesus! Mas aquele que estava lá dentro, estava! (não está mais) Para eles, para muitos, isso não vale nada...mas  esta é a verdade: Cristo vive, que Maria Madalena, num primeiro momento, não reconheceu. Neste final de semana nós chegamos a uma sepultura vazia e não aos restos mortais de um Deus e muito menos a uma estátua! Hoje nós temos a certeza: Cristo vive! Hoje, nós temos uma paz, uma alegria, uma convicção que nem as portas do inferno podem nos roubar! Hoje, nós temos o Deus-conosco, aqui, em nosso dia a dia. Na fartura, ou na crise, na alegria ou na dor, na morte ou  na vida; e ainda por toda a eternidade!
Deus-conosco, por que ainda que não queiram, Cristo vive!
Amém.



Postado originalmente no blog da CELP 

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domingo, 24 de abril de 2011

O Túmulo Vazio: Examinando a Cena do Crime

Os lençóis estavam todos no chão. Uma bagunça. Algo acontecera ali. O corpo sumira. E sem corpo, não há crime. Onde o puseram? perguntava acerca daquele a quem tanto ela amava.
Ainda era madrugada, e ela não quis esperar amanhecer. Foi correndo ao sepulcro onde Jesus havia sido enterrado. Sua missão era embalsamá-lo. Mas lá chegando, deparou-se com o que parecia a cena de um crime. A enorme pedra do sepulcro fora removida (João 20:1-9).

Confusa, sem conseguir raciocinar direito, Maria foi correndo avisar a Pedro e João. Sua conclusão era que alguém havia levado os restos mortais de Jesus. Alguma providência deveria ser tomada. Talvez, as autoridades devessem ser notificadas.

Mas nada poderia ser feito sem que antes Pedro e João investigassem por si mesmos a tal cena do crime.

Os dois saíram correndo juntos, porém, João ultrapassou a Pedro, e chegou primeiro. Não sei o que o motivou a correr tanto, sem algum tipo de competitividade com Pedro, ou curiosidade, ou simplesmente, amor.

Chegando à cena do crime, João abaixou-se para espiar o buraco de onde a pedra havia sido removida. Apesar da pouca iluminação, deu pra ver que os lençóis de linho que cobriam o corpo de Jesus estavam jogados no chão. Definitivamente, algo havia ocorrido ali. Para que os lençóis estivessem no chão, o corpo teria que ter sido tirado de sua posição. Receoso de entrar no supulcro, João chegou à mesma conclusão de Maria.

Logo em seguida, chegou Pedro. Embora chegasse depois de João, não contentou-se em espiar a cena do lado de fora. Deu um passo além, e entrou no sepulcro. Do lado de dentro, Pedro reparou um detalhe que sequer foi visto pelos que o antecederam. Além dos lençóis, havia o lenço que cobrira a cabeça de Jesus.

Diferente dos lençóis esparramados no chão, o lenço estava dobradinho, colocado à parte. João toma coragem e adentra o sepulcro, vê a mesma cena, chega a uma nova conclusão. Não se tratava do sequestro de um corpo, mas de algo inusitado. Os lençóis espalhados no chão pareciam dizer que o corpo de Jesus havia sido levado. Mas o pequeno lenço dobrado, colocado à parte, dizia outra coisa. No meio do aparente caos, algo sugeria ordem. Quem gosta de assistir a CSI, como eu, sabe que detalhes imperceptíveis podem mudar radicalmente o rumo das investigações. Se Sherlock Holmes estivesse lá, diria: Elementar, meu caro Watson: Saqueadores de tumbas não se preocupariam em dobrar o lenço e colocá-lo à parte.

Mesmo sem compreenderem o que estava acontecendo, parecia claro que aquela não era a cena de um crime, mas o cenário do maior acontecimento da história da humanidade.

Se Pedro houvesse parado onde João parou, teria chegado à mesma conclusão que seu colega, que por sua vez, chegara à mesma conclusão daquela que os antecedera. Do lado de fora da tumba, só os lençóis espalhados no chão eram visíveis. O lenço era um detalhe só perceptível para quem adentrasse o sepulcro. Naquele dia João aprendeu uma importante lição: o que importa não é chegar primeiro, mas dar um passo além.

Estaremos condenados a reproduzir as mesmas conclusões a que chegaram nossos predecessores, se não nos dispusermos a dar um passo além. Não se distraia com a bagunça dos lençóis no chão. Repare no lencinho dobrado. Deus está nos detalhes!


sábado, 23 de abril de 2011

Dia de Alegria!

Feliz Páscoa. É o que a Hora Luterana deseja a você neste dia. Por causa da ressurreição de Jesus Cristo, temos um significado muito especial para viver mais este dia. Se, durante a semana, pudemos acompanhar o sofrimento e morte de Jesus Cristo. Hoje o vemos sorrindo e vivo. Sorrindo, sim, porque ressuscitou e nos trouxe a vitória sobre o sofrimento e sobre a própria morte. Através de sua palavra, Jesus Cristo continua entrando em nossa casa e em nossa vida e dizendo: “Que a paz esteja com vocês”. Celebre a vitória de Jesus, na certeza de que ele sempre estará ao seu lado para lhe ajudar e dar sentido à sua vida. Por isso, compartilhe a notícia de que Jesus Cristo ressuscitou e transforme a Páscoa de outras pessoas em um dia muito feliz.

Oremos: Querido Deus, obrigado por esta notícia de vida. Ajuda-me a confiar em ti e a testemunhar esta verdade a mais pessoas, para que suas vidas possam ter um significado feliz e eterno. Por Jesus Cristo, meu Salvador. Amém.

mensagens de Hora Luterana


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Culto de sexta feira santa 2011 na Comunidade Evangélica Luterana Da Paz - Caxias do Sul RS



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Culto de Sexta feira santa 2011 - coral CELP


Culto de sexta feira santa 2011 - sermão do pastor Alessandro Souto
parte 1


Culto de sexta feira santa 2011 - sermão do pastor Alessandro Souto
parte 2


Parte final da liturgia do culto.

São retirados os paramentos do altar, simbolizando a humilhação de Jesus.
Parte final da liturgia, narrada por leigo e serva.
Benção final.
Hino final.


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Postado originalmente no blog CELP

Os inimigos da Cruz desmascarados!

caifas 

“Pois muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora novamente digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fp.3:18).

Quem seriam os tais “inimigos da cruz”?  Estaria Paulo falando dos romanos, com seu estilo de vida hedonista, idólatra? Ou estaria se referindo aos gregos, amantes do saber? E se tivéssemos que aplicar esta palavra aos nossos dias, a quem caberia a alcunha? Quem são os atuais “inimigos da cruz”?  Seriam os muçulmanos? Os homossexuais? Os socialistas? Para sabermos quem são eles em nossos dias, temos que descobrir quem eram nos dias de Paulo.
Alguns versos antes, o apóstolo adverte a seus leitores sobre os que ele chama de “cães”, “maus obreiros”, “falsa circuncisão”. Ele não está apontando inimigos externos, mas internos. Os mesmos que em outra epístola ele chama de “falsos irmãos, que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para reduzir-nos à escravidão” (Gl.2:4). É acerca dos tais que devemos redobrar o cuidado, para que não nos tornemos presas suas, “por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens” (Cl.2:8).
Os inimigos da cruz não estão lá fora. Eles estão entre nós! Fazem-se de cristãos, fiéis seguidores de Cristo, expoentes da sã doutrina, conservadores das tradições, porém, sua intenção é outra.
Não é a Cristo que servem, mas ao seu próprio ventre (Fp.3:19).
Pregam uma santidade de fachada, ostentando uma aparência de sabedoria”, “humildade fingida”, “severidade para com o corpo”, coisas completamente desprovidas de valor real.
Por que Paulo os chama de inimigos da cruz?
Por se insurgirem contra os efeitos da cruz. Estes intentam reconstruir os muros separatistas derrubados na cruz (Ef.2:14-17). Em vez de promover harmonia entre os diferentes grupos humanos, preferem ver o circo pegar fogo. Insistem com uma mensagem discriminatória, onde as pessoas são julgadas por critérios étnicos, culturais, sexistas ou religiosos. A mensagem do amor, marca registrada do ministério de Jesus, é substituída pela mensagem do ódio, da vingança. Em vez de boas novas, preferem espalhar calúnias, difamação, mentiras contra quem ouse pensar defirente deles.
Qualquer ideologia ou doutrina que não seja capaz de fazer de nós pessoas melhores, mais compassivas e generosas, deveria ser totalmente rechaçada, pois certamente não procede do Crucificado.
O mundo já está saturado de tanto ódio e preconceito.
Os inimigos da cruz são retrógados, querem reverter o processo deflagrado com o advento da mensagem cristã. Preferem voltar à idade das trevas. Acham que as mulheres são seres inferiores, que não podem exercer qualquer função que não seja subalterna. Alguns chegam a defender a instituição da escravidão, como sendo justa e necessária. Tudo isso travestido de linguagem bíblica e teológica. Dizem-se favoráveis à vida, mas defendem a pena de morte com unhas e dentes, bem como a utilização de tortura por parte do Estado, e a proliferação de armas entre os cidadãos comuns.
Se Paulo os chama de “cães”, vou um pouco adiante.. São cães raivosos. Cães de guarda! Defendem seu perímetro com ferocidade, não se dispondo a ceder um centímetro sequer. Para eles, o importante não é a defesa da verdade (aquele que é seguida em amor, de acordo com Ef.4:15), mas a defesa de seu ponto de vista ou de seus interesses.
Eles bem que poderiam ser identificados facilmente, não fosse sua habilidade em camuflar-se. Paulo diz que os tais “obreiros fraudulentos” se transformam em ministros da justiça, tal como Satanás que se transfigura em anjo de luz (2 Co.11:14).
Além de reconstruirem “as paredes de separação” entre os homens, seu maior atrevimento é tentar recosturar o véu do templo. Pra eles, ninguém pode chegar-se a Deus a não ser rezem em sua cartilha ideológica/doutrinária. Os que ousam discordar, logo são tachados de hereges, anticristos, falsos profetas, etc. São os herdeiros diretos do legado deixado pelos fariseus contemporâneos de Jesus, que não entravam e ainda impediam que outros entrassem (Mt.23:13).
Se estivessem na cena em que Jesus impediu o apedrejamento de uma mulher adúltera, certamente seriam os primeiros a apedrejá-la. Se testemunhassem o diálogo de Jesus com o ladrão da cruz, achariam que Ele estava delirando ao franquear a entrada do reino àquele meliante.
Com o mesmo rigor com que julgam, serão julgados. Sua hipocrisia será exposta. “Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia” (Tg.2:13).
Que em lágrimas como o apóstolo, exortemos a estes a não pisarem o Filho de Deus, não profanarem o sangue da aliança, nem ultrajarem o Espírito da graça (Hb.10:29). 


A verdadeira história de São Jorge

Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge de Anicii. Filho de pais cristãos, converteu-se a Cristo ainda na infância, quando passou a temer a Deus e a crer em Jesus como seu único e suficiente salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Tendo ingressado para o serviço militar, distinguiu-se por sua inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física e porte nobre. Foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade.

Tantas qualidades chamaram a atenção do próprio Imperador, que decidiu lhe conferir o título de Conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Nessa mesma época, o Imperador Diocleciano traçou planos para exterminar os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande coragem sua fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens.

Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nEle confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade." Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Porém, este santo homem de DEUS jamais abriu mão de suas convicções e de seu amor ao SENHOR Jesus. Todas as vezes em que foi interrogado, sempre declarou-se servo do DEUS Vivo, mantendo seu firme posicionamento de somente a Ele temer e adorar.

Em seu coração, Jorge de Capadócia discernia claramente o própósito de tudo o que lhe ocorria: “... vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho”. (Lucas 21.12:13 – Grifo nosso). A fé deste servo de DEUS era tamanha que muitas pessoas passaram a crer em Jesus e confessa-lo como SENHOR por intermédio da pregação do jovem soldado romano. Durante seu martírio, Jorge mostrou-se tão confiante em Cristo Jesus e na obra redentora da cruz, que a própria Imperatriz alcançou a Graça da salvação eterna, ao entregar sua vida ao SENHOR. Seu testemunho de fidelidade e amor a DEUS arrebatou uma geração de incrédulos e idólatras romanos.

Por fim, Diocleciano mandou degolar o jovem e fiel discípulo de Jesus, em 23 de abril de 303. Logo a devoção a “São” Jorge tornou-se popular. Celebrações e petições a imagens que o representavam se espalharam pelo Oriente e, depois das Cruzadas, tiveram grande entrada no Ocidente. Além disso, muitas lendas foram se somando a sua história, inclusive aquela que diz que ele enfrentou e amansou um dragão que atormentava uma cidade...

Em 494, a idolatria era tamanha que a Igreja Católica o canonizou, estabelecendo cultos e rituais a serem prestados em homenagem a sua memória. Assim, confirmou-se a adoração a Jorge, até hoje largamente difundida, inclusive em grandes centros urbanos, como a cidade do Rio de Janeiro, onde desde 2002 faz-se feriado municipal na data comemorativa de sua morte.

Jorge é cultuado através de imagens produzidas em esculturas, medalhas e cartazes, onde se vê um homem vestindo uma capa vermelha, montado sobre um cavalo branco, atacando um dragão com uma lança. E ironicamente, o que motivou o martírio deste homem foi justamente sua batalha contra a adoração a ídolos...

Apesar dos engano e da cegueria espiritual das gerações seguintes, o fato é que Jorge de Capadócia obteve um testemunho reto e santo, que causou impacto e ganhou muitas almas para o SENHOR. Por amor ao Evangelho, ele não se preocupou em preservar a sua própria vida; em seu íntimo, guardava a Palavra: “ ...Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1.20). Deste modo, cumpriu integralmente o propósito eterno para o qual havia nascido: manifestou o caráter do SENHOR e atraiu homens e mulheres para Cristo, estendendo a salvação a muitos perdidos.

Se você é devoto deste celebrado mártir da fé cristã, faça como ele e atribua toda honra, glória e louvor exclusivamente a Jesus Cristo, por quem Jorge de Capadócia viveu e morreu. Para além das lendas que envolvem seu nome, o grande dragão combatido por ele foi a idolatria que infelizmente hoje impera em torno de seu nome.
 


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vida Santa

Empenhe-se para ter uma vida santa.
Viva como um cidadão do céu.
Deixe que sua luz brilhe diante dos homens, de modo que o mundo possa ser beneficiado através de sua conduta.
Deixe que eles saibam a quem você pertence e a quem você serve.
Seja uma carta de Cristo, conhecida e lida por todos os homens, escrita com letras tão claras que ninguém possa dizer de você: "Eu não sei se este homem é um membro de Cristo ou não."

J. C. Ryle


Dani²

Tetelestai!



Meu pai faleceu em 2006, vítima de um câncer no fígado. Durante 13 anos pagou religiosamente em dia um determinado plano de saúde para que, quando viesse a precisar, pudesse usufruir de seus benefícios. Mas certo dia ele me ligou e, com voz cansada, disse: “filho, eu não estou bem, leve-me ao hospital”. Em alguns instantes estávamos diante de um diagnóstico desalentador: peritonite aguda, uma infecção generalizada no abdômen.

Quando meu pai estava entrando no elevador para subir para o quarto, o hospital impediu-o de subir, pois o plano de saúde havia negado a internação. Eu sabia que aquele era um caso de vida ou morte. Não tive dúvidas, levei-o ao hospital público mais próximo e internei-o para que pudesse ser atendido.

Paralelamente, entrei com um mandato de segurança para poder removê-lo de volta ao outro hospital ao qual ele tinha direito pelo plano. Foi uma luta imensa, mas lembro-me quando cheguei à enfermaria na qual ele estava com o despacho do juiz nas mãos para dizer-lhe, com lágrimas nos olhos: “está feito”. 

Em dias como o de hoje, fico imaginando o sofrimento de Jesus em seus últimos momentos. Mas também imagino o sofrimento do Pai, pois Ele sofria não só por aquele Filho dependurado entre o Céu e a Terra, mas por todos os outros pendurados nos madeiros da vida, crucificados pelas injustiças dos homens, trucidados pelo poder destrutivo do pecado, privados da luz pelas trevas, chicoteados pela miséria, pela dor, pelo abandono, coroados com coroas adornadas de espinhos de rejeição e de preconceito.   

Sim, naquela tarde sombria do Gólgota, ...após aquelas três horas de intenso sofrimento, a frase que ecoava desde a eternidade – pois “o Cordeiro foi sacrificado antes da criação do mundo” – materializou-se historicamente na voz frágil do Profeta de Nazaré: TETELESTAI! “Consumatum Est”. Está Feito! Está Consumado! 


Tetelestai é uma palavra grega que era bastante utilizada nos dias de Jesus, pois estava presente em alguns fatos da vida cotidiana das pessoas. Outra peculiaridade, além desta, é que ela podia assumir mais de um significado, conforme a ocasião requeria.

Tetelestai era usada como expressão quando um artista ou escritor concluía a sua obra. Caio Fábio afirma que antes de Deus dizer “haja luz!”, Ele disse: “haja cruz!”. No derradeiro momento do calvário, Deus concluiu o plano de salvação escrito na eternidade, Ele terminou a obra que vinha “pintando” desde o paraíso, finalizou, finalmente, o “quadro”, e assim devolveu ao homem a chance de se reconciliar com Seu criador.

Tetelestai era utilizada também quando o servo terminava um trabalho e o comunicava ao seu Senhor. Jesus sempre foi categórico em dizer que não estava a serviço próprio, mas fazia apenas aquilo que era da vontade do Pai. Até na hora da morte, quando pediu: “se possível passa de Mim este cálice”, declarou resignado logo em seguida: “mas não se faça a minha vontade, mas a Tua”. Ele foi tentado em todas as coisas e em nada caiu, cumpriu a Lei, fez o que lhe foi requerido e, no tempo e na hora exatos, terminou o trabalho que lhe fora confiado.

Outra aplicação para Tetelestai, dita em seu correlato aramaico ou hebraico pelos sacerdotes do templo, era quando um animal era oferecido em sacrifício. Após um exame minucioso, não sendo achado qualquer defeito ou mácula, o sacerdote declarava: Tetelestai. Naquela cruz estava o cordeiro pascal – “eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – sem mancha, sem mácula, sem defeito, pois, como ovelha muda, foi conduzido até os Seus tosquiadores, ofereceu-se em sacrifício uma vez por todas e, “por meio de Suas pisaduras nós fomos sarados”.

Finalmente, Tetelestai ainda significava o resgate final de uma dívida. Era um termo usado pelos mercadores para designar que o débito fora totalmente pago. Por isso o apóstolo Paulo afirma aos Colossenses: “Ele cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”,

Eu não sei se a data de hoje coincide com a sexta-feira da paixão. Isso para mim é totalmente irrelevante. O que me importa é que houve na história da humanidade uma sexta-feira em que o Filho de Deus esteve pendurado numa cruz, derramando Seu sangue para que o Pai pudesse perdoar aos homens os seus pecados e não imputar-lhes as suas transgressões. Por isso, neste dia de hoje, a coisa mais importante que eu posso lhe dizer neste artigo é: TETELESTAI! 

Carlos Moreira
 
Genizah
 
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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mantos e palmas, mesas e chicotes

... No Brasil, é comum ver pessoas transitando com ramos de palmeiras nas mãos [no domingo de ramos] . Pena que poucos entendem o real significado desta celebração. Não se trata apenas da entrada de Jesus em Jerusalém, às vésperas de Sua morte, montado em um jumentinho, sendo aclamado pelas multidões. Mas também de Sua entrada no Templo, derrubando mesas e expulsando os cambistas e vendilhões.


No auge de Sua popularidade, Jesus ousou desafiar os interesses excusos da casta sacerdotal, e isso foi a gota-da-água que finalmente O levaria para cruz.

Como o povo costuma ser "massa de manobra" nas mãos inexcrupulosas de líderes religiosos, não deu outra... as mesmas vozes que O aclamavam enquanto adentrava a cidade, agora exigia que as autoridades O crucificassem. Vai entender...

Meu desejo é que a blogosfera apologética continue servindo como azorrague nas mãos de Cristo, para denunciar os exploradores da fé e os que se valem da ignorância das pessoas para dominá-las a seu bel-prazer.

Nem só de "Hosanas, mantos e palmas" vive o Reino de Deus, mas também de mesas de perna pro ar e chicotes...

Viva a SUBVERSÃO REINISTA!


Abaixo, um poema sobre esse episódio que foi a gota d'água que levaria Jesus à Cruz.




Derrubando Mesas

Lá vem o Rei montado em um jumentinho
Em Sua Entrada Triunfal
Ao som de Hosana nas alturas
Desafiando o Império do Mal

Chegando ao Templo, o que ele faz
É um exemplo, do que Ele é capaz
Derruba as mesas com seu chicote
Para surpresa dos sacerdotes
A minha casa é Casa de Oração
Para todos os povos e nações
Mas eles a profanaram
E a transformaram em um covil de ladrões
Hosana ao que vem em nome do Senhor
O teu povo clama Hosana ao nosso Redentor
Hosana ao Rei dos Reis


Autor: Hermes C. Fernandes
 

Destruir para Construir-se

Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas". Lc. 21:5-6.

É comum os homens se impressionarem com a “opulência” da religião. Não foi diferente com os discípulos de Jesus. Eles conviviam todos os dias com o “Templo” que se movia, pois o sagrado havia tomado forma humana e se revestido de sangue e suor, o verbo havia encarnado, deixado de ser palavra para constituir-se ação, transmutara-se do metafísico ao físico, do imaterial à matéria, do transcendente para o imanente. Não obstante tudo isso, eles ainda se extasiavam com o humano, o aparente, o transitório.

Também pudera! Ali estava o Templo! Suas pedras chamavam a atenção pela grandiosidade! Contudo e, intrigantemente, mesmo possuindo milhares delas engenhosamente arrumadas, faltava uma única para poder dar-lhe significado e propósito: a Pedra Angular. Na verdade, ali não estava apenas uma imponente construção, mas o símbolo máximo de um sistema religioso cuidadosamente construído e que levara gerações para calcificar ritos e mitos do sagrado de Israel. Um coração quebrantado, todavia, era capaz de discernir que aquele lugar estava vazio, pois revestia-se de liturgias ocas, dessignificadas, constituía-se apenas obra de engenharia, mas não possuía qualquer possibilidade de produzir vida.  

Diferentemente de seus discípulos, Jesus não se impressionou com o Templo. Ele sabia que tudo o que ali era feito não passava de “sombras”, projeções vagas do que, de fato, possuía valor para Deus. Se usássemos Platão, poderíamos dizer que o que ali se fazia era apena a “reprodução de imagens”, hologramas do “mundo das idéias”, imitações do verdadeiro sagrado, o qual estava “no alto” e, por sua vez, era constituído de outra matriz cognitiva, com valores e princípios diferentes.

Nós, não raramente, achamos que as formas podem nos levar a experimentar os conteúdos. Equívoco! Eis o Templo, com seus artefatos de prata, de bronze, altar de incenso, local para sacrifícios, propiciações, turnos de oração, levitas entoando canções, gazofilácio para os dízimos, cultos diários, mas tudo não passava de moldura, era arquétipo de uma espiritualidade almejada, mas jamais experienciada. Aquelas práticas estavam enraizadas na tradição, mas suas raízes eram incapazes de chegar ao coração, pois a mente estava cauterizada, os sentido embotados, as ações mecanizadas, tudo havia se tornado vã repetição, sacrifício de tolos, devoção empírica, religião de ocasião.

Naquela manhã, Jesus anteviu a destruição do Templo e a profetizou. Anos mais tarde, em 70 d.C, o general Tito entrou em Jerusalém e dele não restou pedra sobre pedra. Mas a verdadeira destruição já havia se processado bem antes, pois apesar das pedras manterem a “casa” de pé, por dentro dela não se podia encontrar o Espírito o qual, por meio da fé, mediante a graça, é o único capaz de produzir arrependimento e nos levar a salvação.

“Destruir para construir-se”. A frase não é minha, mas de Nietzsche. Está em “Crepúsculo dos Ídolos”, um de seus últimos escritos. Com uma “fúria” insuperável, ele ensina como se “filosofar com o martelo” e parte para a destruição de tudo o que tenha se constituído, de alguma forma, iconoclasta. Eis aí o grande problema da religião: a construção em série de ídolos!

Quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á”. Sem morte não pode haver vida! Sem desconstrução na existe ressignificação! Jesus morreu por volta do ano 30 e o Templo de Jerusalém foi arrasado 40 anos mais tarde. Enquanto um santuário, pela destruição, fechou as suas portas, o outro, pela mesma via, abriu-as por toda a eternidade. A mensagem do Nazareno não pôde ser destruída, nem mesmo contida, espalhou-se por todo o mundo, de casa em casa, nas esquinas das ruas, nos becos, nas estradas da Palestina, em cada cidade ou vilarejo. As portas do Reino dos céus foram escancaradas, pois Deus não estava confinado ao Templo, muito pelo contrário, havia resolvido andar com os homens, com aqueles que desejassem adorá-lo em Espírito e em Verdade, e Seu convite era irrecusável: "vinde a Mim...".

Creio firmemente que o cristianismo, na sua concepção atual, tornou-se um ídolo, precisa morrer, destruir-se para construir-se. Sim, precisa deixar as formas caducas e dogmáticas para que possa se encontrar novamente com os conteúdos da mensagem de Jesus de Nazaré. Precisa diluir-se para que a verdadeira religião possa, mais uma vez, surgir, aquela da qual fala Isaías, que solta às ligaduras da impiedade, desfaz as ataduras do jugo e deixa livre os oprimidos. E quanto a ti, eu te digo, o que tens de fazer, faze-o depressa... 
 
Carlos Moreira

Carlos Moreira é culpado por tudo o que escreve. Está se desconstruindo para que o Deus da vida possa reconstruí-lo , como um vaso novo, para Sua glória. Ele é editor assistente do Genizah e escreve também na Nova Cristandade.
 


terça-feira, 19 de abril de 2011

Estatísticas atualizadas do desafio missionário indígena no Brasil

Estatísticas atualizadas do desafio missionário indígena no Brasil “A Igreja indígena está em franco crescimento, e isto se dá a partir das relações inter-tribais locais, atuação missionária com ênfase no discipulado e treinamento indígena e três fortes movimentos indígenas nacionais. A presença missionária coordena mais de duas centenas de programas e projetos sociais de relevância que minimizam o sofrimento em áreas críticas, sobretudo em educação e saúde, e valorizam a sociedade indígena local”. A boa notícia vem do relatório 2010 Etnias Indígenas Brasileiras, do Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB). Mas segundo o estudo, ainda há muito o que fazer: “não há presença missionária em 95 etnias conhecidas, 27 etnias isoladas e 25 a pesquisar, totalizando 147 etnias sem presença missionária”. A pesquisa, coordenada pelo antropólogo e pastor Ronaldo Lidório, informa também que “a Igreja Indígena está presente, em diferentes níveis de representação, em 150 etnias, possuindo igreja local com liderança própria em 51 e sem liderança própria em 99. A presença missionária evangélica se encontra em 182 etnias indígenas, representando mais de 30 agências missionárias evangélicas e quase 100 diferentes denominações. Em 165 destas etnias há programas e projetos sociais coordenados por missionários evangélicos. 
 
Destas, 92 possuem um programa social ativo, 54 possuem dois programas sociais ativos, e 19 possuem 3 ou mais programas perfazendo 257 programas e projetos com ênfase nas áreas de educação (análise linguística, registro, letramento, publicações locais e tradução), saúde (assistência básica, primeiros socorros e clínicas médicas), subsistência e sociocultural (valorização cultural, promoção da cidadania, mercado justo e inclusão social)”. Há 16 seminários e cursos bíblicos no Brasil com ênfase no preparo indígena e três movimentos nacionais de iniciativa e coordenação indígena evangélica: o Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI); a Associação de Mulheres Evangélicas Indígenas (AMEI) e a Associação Indígena de Tradudores Evangélicos (AITE). O relatório destaca “um movimento nacional com ênfase nos direitos humanos e especial combate ao infanticídio” que foi iniciado pela ATINI – VOZ PELA VIDA, e “aglutinou nos últimos anos apoio e participação de todos os segmentos evangélicos despertando o debate, expondo fatos contundentes e resultando em ações de valorização à vida e apoio a crianças em risco de infanticídio”. Leia mais sobre o relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010, da AMTB.
 
 
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