“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. (Martinho Lutero)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal

Entre as muitas coisas que tornam o Natal tão belo, está o fato de que ele pode ser celebrado por todas as pessoas, não importando qual seja a raça, a cor, a língua ou condição social que as separe. Junto à manjedoura de Belém não há distinção: todos são iguais.
Porém, o mundo moderno tem tentado transformar o Natal numa festa de poucos! Para muitos, Natal é presentes, Natal é ter e aproveitar o 13º, é ter peru assado, é pinheirinho e só.
O Natal moderno, o Natal do mundo ordena que todos devem receber presentes e se sentirem felizes com isto. Esta ordem insana arrasa os corações dos menos favorecidos que não recebem presentes, como era o caso do Pedrinho (um menino pobre).
E para piorar a situação, inventaram que o Papai-Noel não se esquece de ninguém. É uma crueldade dizer que “seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem”. Isso é uma mentira deslavada que, como sempre, vai doer na alma e no coração dos mais frágeis, vai doer no coração dos pequenos, das crianças pobres, sem condições, indefesas.
Certa vez, eu estava na casa de parentes lá na fronteira quando vimos chegar à casa do vizinho da frente um papai-noel. Era um destes encomendados por gente com muito dinheiro. Ele foi levar presentes caros e bonitos para as famílias que pagaram. Contudo, este Papai-Noel foi visto por nós e por outras crianças e na frente de todos entregou os presentes para os meninos ricos e deixou lágrimas de tristeza nos meninos pobres, cujos pais não pagaram o Papai-Noel. Eles não entenderam porque o Papai-Noel esqueceu deles. Eles não entenderam porque uns receberam presentes e outros não receberam. E aí, eu pergunto: isto é ou não é cruel?! Como as crianças cantaram: “é isto que é o Natal?”
Ainda bem que o verdadeiro Natal não é isto!
Quem conhece, vive e celebra o verdadeiro Natal, o Natal com Cristo, por pior que seja a sua situação, terá, sim, um Feliz Natal.
E tu, prezado irmão, estás preparado para ir a Belém neste Natal? Esqueça por alguns instantes as dificuldades da vida, e ponha de lado as tuas preocupações materiais. Volte a tua atenção ao Deus que se fez homem para te salvar, e adore com fé e confiança o menino da manjedoura de Belém, que não é outro, senão o “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz!” (Is. 9.6).
Ainda bem, que Deus “não esquece de ninguém” e que Cristo nasceu e morreu por todos, por mim, por ti, pelo Pedrinho, por toda a humanidade. Assim, tenhamos a certeza que o seu amor nos acompanhará e preencherá o vazio e a dor das dificuldades e aflições do dia-a-dia. Amém.

Pastor Alessandro Souto
Mensagem do programa de Natal da CELP.
Para ver o programa completo, acesse o link: http://ielbpazcaxias.blogspot.com/
 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Origem e Significado do Natal

A história e significado do natal é super simples, é a data que comemoramos o nascimento de nada mais nada menos que Jesus Cristo. Saiba isso e muito mais sobre a seguir.
O natal teve a sua data oficializada apenas no século IV. Antes disso, o natal era simplesmente comemorado em diversas datas, pois não sabia realmente a real data do nascimento de Jesus Cristo. Antigamente as comemorações de natal duravam até 12 dias, hoje em dia esse é apenas o tempo que leva para a árvores de natal ser desmontado após a celebração do mesmo. O natal é uma das datas mais importantes do mundo, quiçá a maior delas. As árvores de natal dão um grande charme no Brasil e no mundo, elas são montadas afim de comemorar o natal, é uma tradição que vem desde 1530 na Alemanha. A árvore de natal representa em primeiro lugar o nascimento de Jesus Cristo, e também é claro a alegria, paz e esperança.

História e Origem do Natal

O natal é muito mais que uma simples data, é simplesmente a “data” a ser comemorada. No natal é onde os pedidos de desculpas se multiplicam, é onde tudo se realiza, para fechar com chave de ouro o ano e estarmos abertos para um novo ano. Com grandes realizações e saúde. O natal é uma data celebrada por quase todas as pessoas do mundo. Existem regras no natal que jamais podem ser violadas, porém, as vezes isso acontece. A abertura dos presentes, o bacalhau, peru assado e o cabrito. Tudo isso são erros, porém, o maior erro é esquecer o real significado do natal, louvar Jesus Cristo, que tomou forma de homem para redimir todas as pessoas do pecado. Que teve início no tempo de Adão e Eva.
Em algumas partes do mundo, as pessoas celebram o natal cantando parabéns para Jesus Cristo, e sempre lembram quantos anos fez que Jesus Cristo veio a terra. O natal é uma data importante e especial para você conhecer melhor e reconciliar com Jesus Cristo, saber de toda a sua história e etc… Pois, Jesus Cristo esta acima de tudo, e o natal não é apenas uma data qualquer em que se celebra um feriado, é simplesmente a data a ser comemorada para o nascimento de Jesus Cristo. Que nos salvou de tudo e de todos.
Vale ressaltar que, pela Igreja Ortodoxa, o natal é comemorado na data 7 de janeiro, nada muda em minha opinião. Pois a data é o de menos, como eu disse acima anteriormente, o que vale é o real significado do natal e a celebração do mesmo da melhor maneira possível. Sempre louvando Jesus Cristo que nos redimiu de todos os pecados quando veio a terra. Para a igreja, após o natal, o feriado mais importante é a páscoa. Que todos deveriam também saber o seu real significado.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

GUARDAR NO CORAÇÃO O PRINCIPAL


A Palavra de Deus afirma em Lucas 2.19: “Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração”.

    Uma pesquisa publicada tempos atrás nos reve­la que demoramos em torno de 15 a 20 dias para esquecermos um fato importante que aconteceu. Existe até um ditado popular que diz: “O povo tem memória curta e logo esquece”.

    Nos dias de hoje, mais do que nunca, todos nós somos bombardeados com inúmeras notícias e informações (revistas, jornais, rádio, televisão e internet) que nos mostram tantos assuntos que acabamos esquecen­do quase tudo aquilo que lemos, ouvimos ou vemos. Às vezes pensamos que nossa cabeça é pequena demais para guardar tantas coisas.

    No episódio do nascimento de Jesus, aparece a figura de Maria, mãe do Salvador, como aquela pessoa que “... guardava tudo no coração”. Maria contemplava todos aqueles acontecimentos e sabia no fundo do seu coração que Deus estava agindo, conforme o Seu amor e promessas. Maria conhecia as profecias do Antigo Testamento e via tudo aquilo se cumprir diante dos seus olhos. A mulher que Deus usou para trazer o Seu Filho ao mundo tinha plena consciência de que ali começava a se concretizar o plano salvador de Deus para toda a humanidade, inclusive para ela. Por isso, Maria guardava e meditava em seu coração sobre o grande amor de Deus.

    O Natal está se aproximando e o que vamos guardar do Natal de 2011? Guardaremos a mensagem central de que as promessas de Deus Pai foram cumpridas, de que neste dia nasceu o salva­dor Jesus Cristo, o nosso Senhor? Ou vamos guardar apenas os papéis amassados dos presentes recebidos? Os cartões, os enfeites, a lembrança de mais um almo­ço ou janta em família? A lembrança dos pinheiros enfeitados, dos chocolates, do papai-noel, do Natal Luz?

    É preciso, nesta época, fa­zer como fez Maria, a mãe de Jesus. É preciso guardar a mensagem central do Natal: Deus se fez homem, botou seus pés na estrada desta vida para nos re­conduzir ao caminho da vida eterna.

    Natal não é só comida, roupa nova, casa lim­pa, pinheiro enfeitado, luzes, turistas, vendas. Natal não é só presentes! Isso tudo é apenas uma moldura. A moldura não é mais importante que o quadro. Natal mesmo é lembrar-se do grande amor que Deus teve por nós ao ponto de se humilhar e nascer no coxo de uma estrebaria numa pequena cidade.

    A verdadeira história de Natal tem este grande desafio: tirar-nos do meio desta fila de gente que corre atrás do vento e nos fazer correr atrás daquilo que dura para sempre.

    O povo tem memória curta e logo esquece. De­moramos de 15 a 20 dias para esquecermos algo im­portante. Que isso não aconteça conosco e que nos lembremos todos os dias do grande presente que todos nós recebemos: Cristo nasceu para perdoar os pecadores, para trazer amor, esperança e paz com Deus. É por isso que nós cristãos, no dia de Natal dizemos: FELIZ NATAL DE CRISTO A TODOS. Natal só têm sentido e propósito porque Cristo veio ao mundo. Assim, tu terás um Feliz Natal com Jesus!

Pastor Alessandro Souto (adaptado)
Publicado no informativo da CELP 


voltar 

Darwin e heresias

Nilton Bonder 

Reportagens sobre o criacionismo neste bicentenário de Darwin expuseram visões inquietantes da religião.

A tentativa de corromper o intelecto humano para conter crenças e superstições é o maior desfavor que se possa fazer à religião e à espiritualidade, uma verdadeira heresia.

A leitura fundamentalista do texto bíblico não pode sequer ser considerada literal, mas política. Baseia-se mais no corporativismo e no monopólio do absoluto do que em qualquer compromisso com a verdade.

Uma corrupção inaceitável ferindo preceitos do próprio texto que condena a superstição e a feitiçaria — o desejo de manipular a realidade para conter uma vontade particular. Essa realidade particular, esse mundo partidário e incontestável, não se sustenta na experiência dos próprios fiéis exigindo esforço em práticas para obscurecer discernimento e sensibilidade.

Para tal faz-se mau uso da fé que acaba em mãos humanas servindo a pretensões de controle e poder.

O texto de Gênesis diz literalmente que o Universo não se fez de uma vez. Eras sucederam a novas eras.

Há um trabalho de separar luzes de escuridão, águas de cima e águas de baixo. Há expansões e contrações, secos e molhados. Só no quarto dia é constituído o luzeiro maior que governa o dia e o luzeiro menor que governa a noite. Se o sol não existia nos primeiros três dias, então de que dias estamos falando? Com certeza, não se trata do período de rotação completa da Terra sob seu eixo ou o tempo de 24 horas.

“Dia” quer dizer um “período” e por seis períodos demorou para ser formado este mundo como nós o conhecemos.

Este Universo existe há 5.769 anos (desde Adão) e mais sete eras. Seis eras de profunda instabilidade e transformação — de trabalho — e uma era de adaptação — de pausa. Adão representa a matriz do homem moderno que rompe com a ancestralidade primitiva. É o homem que conhece através de sua consciência a vergonha, a responsabilidade, a culpa, a solidão, a morte e noção de Deus. Adão e Eva são os pais de nossa cultura. A heresia não está no carbono 14 e sua capacidade de datar o passado, mas na leitura doutrinária do texto. Para um bom literalista o texto sequer diz que a Criação foi única. Be-reshit, a palavra que abre o texto do Gênesis, tem tradução literal “Num Início”, indicando que outros mundos podem ter existido anteriormente. Há na Bíblia elementos claros de evolução já que a criação é gradual: ervagem, árvores, peixes, répteis, aves, répteis terrestres, quadrúpedes e, por último, o humano. Certamente distinto de Darwin para quem a evolução se trata de um processo mecânico de ajustes na história das espécies, enquanto que a Bíblia pressupõe uma intencionalidade divina.

Mas a Bíblia não tem pretensões de ser um manual eterno da ciência, e sim da consciência. Sua grande revelação não é como funciona o Universo e a realidade, mas como se dá a interação entre criatura e Criador. Seu tema maior é outro: a revelação de que o Universo tem uma identidade, um Self. Essa é a primeira palavra dos Mandamentos — “Eu”. Da mesma maneira que nós em nossa superfície somos uma colcha de retalhos — aglutinando discrepâncias e contradições — e mesmo assim temos um “eu” que a tudo integra, também o Universo com todas as suas aparentes injustiças e descontinuidades também tem um Self. Assim como o nosso “eu” é invisível e não verificável, este “Eu” do Universo só se faz perceptível no que Martin Buber cunhou como o encontro do “Eu-Tu”. É possível que tudo que reconheça em si um “eu”, por mais ilusório e distorcido que este seja, percebe este Tu cósmico. Trata-se do encontro do “eu” particular com o “Eu” do todo. O Self da parte que se vê responsabilizado diante do Self do todo e anseia tê-lo como norte, como esperança. Mas esse encontro será sempre de ordem transcendental e nunca de forma tacanha como a leitura fundamentalista propõe.

Talvez a insistência em prosseguir com estas leituras heréticas realmente consiga provar Darwin como errado. Isso porque a sobrevivência de visões tão retrógradas acabará cabalmente demonstrando a existência não só de processos bem-sucedidos de evolução, mas também de involução.

Genizah


voltar 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...