“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. (Martinho Lutero)

sábado, 30 de outubro de 2010

The impact of a father

Se você, como eu, tem filhos…
Senta, pára tudo, assista este vídeo, e depois leia a palavra abaixo.
pr AD



Importância do Devocional em nossas vidas!
por: André Ferraz (11 anos)
Bom, sabe aquelas sensações de abatimento e preocupação que eu e você sentimos no nosso dia-a-dia? Quando ficamos estressados, muito irritados e acabamos descontando da forma errada? O Devocional, o relacionamento com Deus, serve para nos fortalecer, para frustrar a tentativa do inimigo em nossas vidas, para nos acalmar e nos tornar seguros de novo. Muitas vezes, no dia-a-dia, nós não enxergamos e erramos com todo mundo. Mas o único lugar de perdão e consolo é no Senhor e no nosso relacionamento com Ele iremos gerar a intimidade e logo depois a identidade de Deus… Imagine, ser SANTO? Deus nos fortalece e nos torna felizes de novo perante qualquer circunstância e situação!
Deus te abençoe!
André Ferraz



God Speak

Com freqüência nos perguntamos se Deus está falando conosco. Mas talvez a pergunta mais apropriada deveria ser "Estamos escutando?".


Razões pelas quais as pessoas não vão á igreja



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BOM DIA, VIDA!

         O sujeito entrou na sala e exclamou “Que manhã fantástica!
Sinto-me bem demais!”
Perguntei: “Por que é que te sentes tão exuberante e feliz hoje?”
E ele me respondeu: “PORQUE NUNCA ANTES VIVI ESTE DIA! É a primeira vez que o desfruto!”
Que bom seria se todos nós pudéssemos saudar o raiar de cada novo dia com a mesma sabedoria, a mesma exuberância e com o mesmo espírito ávido por aventuras! Cada novo dia, tal como nos vem fresquinho das mãos de Deus, é um NOVO DIA – nunca antes vivido! – um novo dia, com os pecados de ontem perdoados e esquecidos por causa do sacrifício de Cristo Jesus.
           É tolice nossa carregar as dúvidas, decepções, mágoas, lágrimas e culpas de ontem para dentro da nova e virgem atmosfera do ‘hoje’. Nem devemos manchar o brilho do ‘hoje’ emprestando preocupações do dia de amanhã. Deus prometeu estar presente em todos os nossos ‘hoje’ e em cada um dos nossos ‘amanhã’.
           Vamos nos alegrar muito e ficar felizes com cada novo nascer do sol, pois é mais uma dádiva do Pai e mais um dia nunca vivido anteriormente!
          Jesus, nosso Salvador, vive! E Nele vivemos nós! 

Pastor Johannes Gedrat
 

Chico Xavier e a fraude de Otília Diogo, a “irmã Josefa”

chico_divaldo_josefa 
Através de Guilherme Santos, o blog Obras Psicografadas  passa a reproduzir a série de matérias publicadas na década de 1960 pela revistaO Cruzeiro” sobre a farsa das “materializações” em Uberaba envolvendo a médium Otília Diogo  e os mais famosos Chico Xavier e Waldo Vieira.
Na imagem acima podemos ver Vieira e Xavier (esquerda e direita, respectivamente) oferecendo um livro ao que seria a materialização da irmã Josefa, o espírito de uma freira, através de Otília Diogo. Se você achava pessoas cobertas de lençóis brancos como fantasmas algo digno de desenhos animados infantis, um estereótipo cômico, em verdade tal ícone moderno representando fantasmas se baseia em “sessões de materialização” como esta, levadas muito a sério por espiritualistas. Elas eram mais comuns em fins do século 19 na Europa e EUA, mas mesmo nestas partes do mundo, e principalmente no Brasil, se prolongam até hoje.
O espírito branco na foto acima está dentro de uma “jaula”, em uma série de salvaguardas que supostamente evitariam “possíveis fraudes”. Fato é que não evitaram. A equipe de “dezenove médicos pesquisadores”, contando ainda com a participação registrada, que enfatizamos ainda outra vez, de Chico Xavier e Waldo Vieira, ao longo de três meses apenas endossou como autêntica uma fraude que viria a ser exposta mais claramente alguns anos depois, noticiada pelo próprio Cruzeiro  e que deve ser também disponibilizada nos próximos dias no mesmo blog.
A todos espíritas e interessados em fenômenos envolvendo supostos espíritos, a mediunidade, ou as próprias figuras de Chico Xavier e Waldo Vieira, este é ainda outro episódio que deve ser melhor conhecido.

chicojoin

Nesta primeira matéria, os “fenômenos de materialização” são divulgados pela revista em um tom crédulo, sem quase nenhum questionamento. Ainda assim, qualquer leitor com senso crítico poderá notar problemas na história. Praticamente toda evidência da realidade de tais fenômenos se fundamenta no testemunho dos envolvidos e de suas medidas de salvaguarda contra fraude. Mesmo estas declarações são reveladoras, por exemplo, quando Vieira nota que:
“[O espírito da freira] é um ser igual a qualquer outro. Nós pegamos no seu braço esquerdo e na sua mão esquerda. A materializada estava envolvida por um véu, uma espécie de filó, mas aprofundamos o dedo até encostar no seu braço e achamos que é um braço igual a qualquer um nosso, apenas com a temperatura um pouco mais baixa. Disso nós não temos dúvida, porque não é a primeira vez que nós comprovamos fenômenos semelhantes”.
Perceba que Waldo Vieira afirma muito claramente que o suposto espírito materializado… estava envolto por um véu! Crentes dirão que o véu seria ele mesmo uma outra materialização, mas seja como for, Vieira também afirma que o espírito era “um ser igual a qualquer outro”. Vivo. Por que então não seria um ser vivo… como a própria médium envolta por véus? Voltaríamos aos depoimentos e salvaguardas contra fraudes, mas como confiar na infalibilidade destes?
As únicas evidências objetivas dos fenômenos extraordinários seriam as fotografias, e estas em verdade trabalham contra a veracidade do caso. Praticamente falam por si mesmas. O médico Elias Barbosa, um dos pesquisadores, mencionando o valor das provas fotográficas, refere-se a como:
“Esta figura parece que nunca poderia ser um médium e nem um assistente, porque essa figura aparecia atravessada pelos varões da jaula”.
E, no entanto, o que as fotografias, pelo menos as publicadas, mostram, é que quando se diz que a figura estava atravessada pelos varões da jaula, ela estava simplesmente jogando seus véus para fora da mesma. Em nenhum momento se vê seu braço ou torso, por exemplo, sendo trespassado pelas grades. São apenas partes dos véus jogados para fora. Se há alguma fotografia disto, ela estranhamento não foi divulgada.
Fica assim indicado o ambiente de sugestionabilidade e credulidade dos pesquisadores, capazes de ver algo extraordinário como atravessar grades no simples fato de véus jogados sobre as barras.

josefafradesviseira

Na imagem acima, além dos véus “trespassados” pelas grades, também se vê muito claramente a viseira que o “espírito” possuía no véu que cobria a cabeça – algo absurdo para um espírito, mas muito necessário a uma pessoa – bem como o fato de que o “espírito”, como notou Vieira, era tanto um ser igual a qualquer outro que podia segurar um livro muito material em suas mãos. Na foto à esquerda ainda se notam as mãos e dedos de carne e osso.
Todas estas dúvidas e questionamentos, todo este ceticismo pode e deve ser levantado por qualquer pessoa, espírita, cristã ou atéia, que avalie a evidência e as alegações em questão. Não se pode negar que é um ceticismo saudável. No mínimo, as supostas evidências dos fenômenos de materialização em questão são mais do que duvidosas e de forma alguma comprovam sua veracidade.
Se não seria assim prudente acreditar nos fenômenos, seria válido acreditar em sua origem fraudulenta? Poderia uma equipe de dezenas de médicos, médiuns e jornalistas ser enganada por truques tão toscos? Qual a alternativa? Haveria um ou mais cúmplices? Quais seriam as evidências concretas de fraude? Quem era Otília Diogo? Pelo menos parte destas questões seriam melhor respondidas anos depois, como repetimos, as próximas matérias da série revelaram e devem ser reproduzidas também em Obras Psicografadas, blog parte do projeto HAAAN editado por Vitor Moura com o objetivo de analisar fenômenos relacionados a supostos médiuns.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amor heavy metal

"Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se lhe atirasse ao mar." Mt 18:6
Há alguns anos, estive no Tribal Generation, um fórum que reúne os que dedicam-se a buscar com a mensagem e o testemunho do evangelho, o pessoal da geração chamada emergente.

Foi em Uberlândia-MG. Muita tribo reunida, muita emoção da minha parte ao ver gente maluca de toda espécie - maluca por Jesus e por gente. Gente de todo tipo. Gente que precisa Dele. E que, apesar da nossa velha expectativa religiosa (e preconceituosa), na maioria das vezes, mudada pela cruz, é transformada completamente, mas só por dentro. Por fora, geralmente, contrariamente do que o nosso farisaísmo podia esperar, continuam os mesmos - nos cabelos, nas roupas e adereços, rigorosamente iguais.

Pois foi ai, em meio a muita coisa de Deus no meu coração, no confronto com essas minhas ideias menores, ridículas que ainda teimavam em estar nos cantos escondidos da alma, é que me encontrei com duas ex-ovelhas, do tempo em que pastoreei uma comunidade que se reunia num velho cinema do centro da cidade.

Deviam cada uma, estar já na casa dos 70, 70 e poucos anos. Mas, não tivesse eu uma memória fotográfica - coisa de cartunista - não as teria reconhecido.

Cada uma, vestidinha de preto, dos pés à cabeça, bijouterias esquisitas e pasme, com bandanas pretas a cobrirem os cabelos nevados.

Na hora, eu deixei soltar aquela clássica, fruto do inusitado da cena: "Até vocês, minhas irmãs? O que é isso? Que roupas são essas?"...

Tente imaginar a cena e o meu espanto, diante de duas senhoras, exemplos de oração e dedicação piedosa, duas senhoras septuagenárias, na acepção do termo. Ali, diante de mim, duas malucas, passadas do tempo, com correntes e tudo à volta da cintura.

Na hora, explicaram-me rapidamente as duas, com toda a autoridade que os céus lhes dava: "Rubinho, pastor amado, estamos assim porque vamos receber pra um concerto aqueles jovens malucos do death metal" (eu confesso: nunca soube que havia até categorias a dividir os caras do movimento heavy!) e emendaram... "e não queremos de maneira nenhuma escandalizar os meninos!"

Tai ai. Naquela noite tive - pela primeira vez na minha vida - ouvido no mais estrito senso bíblico que, creio, Cristo havia utilizado para defender os pequenos, os que mais necessitados e distantes estavam da mesa farta da graça de Deus.

Até aquela tarde, só tinha ouvido a aplicação dessa palavra, no lado oposto, como um escudo farisaico contra pessoas, para resguardarem um limite de intolerância e preconceito. Algo usado para proteger gente que, como crente, madura, velha de casa, devia mais era ter misericórdia e força suficiente para rebaixar-se à estatura dos perdidos e débeis na fé, para servi-los apresentando-lhes o amor do Pai. E não o contrário.

Desde há muito, ouvira esse: "Cuidado para não escandalizar", para proteger gente que já devia ter maturidade suficiente para flexionar-se à estatura dos mais novos.

Escândalo, cara, é fazer algo, é portarmos-nos de modo a impedir as pessoas de virem a Cristo. Aplicado a crente, escândalo nada mais é do que frescura.

Aplicado à crentes maduros é incentivar a intolerância, o preconceito e o fechar-lhes a guarda em torno das suas preferências, manias e gostos.

Cristo nos chama hoje a despirmos-nos dos nossos cômodos escudos de proteção contra os outros, daquilo que fazem de nós pedra de tropeço à aqueles que querem vir a Ele. Como aliás, Ele fez, despindo-se que tudo o que possuía no céu e vestir-se dessa roupinha ridícula, sensível, frágil, de humanidade.

Estamos prontos a abrirmos mãos de nós mesmos pelos outros? Até que ponto estamos dispostos a ir para não os escandalizarmos?

Nessa tarde, lembrei-me da lição daquelas duas malucas lindas e amadas da minha terra. E orei pra que nunca percam esse amor e elasticidade no irem até aos pequenos.

Nada mais radical e maluco!


Rubinho Pirola

Genizah!


Líder cristão...



Ariovaldo Ramos

Líder cristão demonstra a sua liderança lavando os pés de seus discípulos e não pedindo mais dinheiro.

Líder cristão demonstra a sua liderança amando aos seus discípulos até o fim, a ponto de dar a vida por eles, e não pedindo melhores carros e casas.

Líder cristão é exemplo do que significa ser ovelha de Cristo.

Líder cristão sabe, a exemplo de Cristo, que tudo o que tem e o que precisa recebeu e receberá de Deus, sabe que veio do Senhor e para Ele vai voltar, sabe quem é, porque é e para quem é, logo, não precisa de ninguém paparicando-o, nem autenticando a sua liderança.

Líder Cristão não precisa de títulos e quando os tem não os usa.

Líder cristão é servo, é isso que mostra quão próximo ele está do Senhor Jesus Cristo.

Os demais são anátemas.
 


Chutando a Santa: Quinze anos depois.

Como explicar a um católico a imagem acima?


Em 12 de outubro de 1995, dia em que se comemora o feriado católico de Nossa Senhora de Aparecida, transmitiram pela TV, em rede nacional, um pastor da Igreja Universal chutando uma imensa imagem de gesso, tida por católicos como sagrada. Tal transmissão desencadeou uma campanha anti-evangélica pela Igreja Católica, além de ser uma grande chance para uma emissora concorrente começar uma série de ataques a tal IURD, que crescia rapidamente e, em breve, adquiririam uma grande emissora de TV.

Muitos crentes foram ainda mais hostilizados por todo território nacional, e nada podiam responder sobre o ato insensato daquele pastor: Para um protestante, o homem só havia chutado uma enorme imagem de gesso, e jamais tocado na santidade da mãe de Jesus, que na Glória vive com Ele, não podendo habitar naquele objeto.

É pecado adorar qualquer coisa que não Deus, mas a obsessão por demonstrações de “fé autêntica” ( talvez na ânsia de conseguir novos adeptos) gerou grande antipatia contra os crentes, além de fortalecer o esteriótipo do “cristão fundamentalista”, o “quebra-santo”, o “chato-radical”.

Os crentes estão certos: Idolatria é um pecado. O que importa não são os homens ofendidos com as imagens destruídas, mas o que Deus pensa sobre o assunto: isso contribui com o desvio do homem no Caminho que o leva ao Mestre. Mesmo assim, isso nos dá o direito de agredir o objeto adorado? Isso não pareceria uma tentativa de ofensa pessoal, já que os objetos – ditos – sagrados não tem peso algum para um cristão protestante? É como o ateu que xinga um deus que não existe para ele.

Hoje, quinze anos passados, a realidade é outra: existem tantos evangélicos não praticantes (ou nominais) como eram os católicos não praticantes (como eu fui, por exemplo).

Os idólatras inundam os templos evangélicos, não com imagens de santos, mas com tranqueiras judaizantes, tralha gospel e com semideuses deste universozinho chamado “gospel”, as "celebridades de Jesus".

Aos poucos, deixamos o radicalismo da necessidade do uso de saias e cabelos incortáveis, e tornamo-nos mais brandos. Em compensação, precisamos de deuses ungidos que nos levem a catarses, homens com a unção que nos faça sentir, ao invés de compreender a Palavra.

Só quem enfrenta essa realidade idólatra sabe o quanto se é amaldiçoado: questionar a atitude tresloucada de certas lideranças evangélicas, cheias de esquisitices, misticismos, egocentrismos, distorções com propósitos pessoais  (o que chamam de “visão”), não faz com que sejamos ouvidos, antes, que esses novos crentes nos lancem maldições e salamaleques dignos da Cuca do sítio do Pica-pau Amarelo, verdadeiras profecias baalistas.

Seus seguidores, gente que recebe a Cristo, mas abdica da liberdade de pensar, alienando-se da bíblia, defendendo essas celebridades como um time, partido político ou... um verdadeiro ídolo.

Lá, do altar onde foram colocados, ditam suas profecias, cantam suas pregações, explicam sua compreensão pessoal, sem serem questionados.

Apóstolos, bispos, cantores, pastores, pregadores, todos feitos objetos de idolatria pela mesma indústria que faz ídolos no lugar onde os adoradores abominam: o meio ímpio, pagão, secular.

Nesse mês, onde católicos se ajoelharão pelas ruas da cidade de Aparecida do Norte, pagando suas promessas, lembre-se de que, se você possue ídolos que dependem de sua defesa e ofertas, você não tem nada para ensinar. É apenas um adorador de ídolos tentando repreender outro.

Zé Luis faz parte dos articulistas do Genizah
 
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pedreiro « pastor » procura justificar seu adultério através da Bíblia e se enrola. Assista

História envolve um pedreiro que se diz pastor, sua vizinha e o marido dela.
(Fonte: http://mentelivre3.blogspot.com/fantástico) - A casa no bairro de Vila Nova de Colares, na cidade de Serra, grande Vitória, virou o centro das atenções. É onde mora um pedreiro que também se diz pastor. A vizinhança desconfia.
Procurado pela reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, Justino, de 50 anos, tentou se justificar na Bíblia para seus casos extra-conjugais se enrolou diante da câmera.

Assista a reportagem do Fantástico:
 
 
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Diferenças

Algum tempo atrás resolvi assistir novamente o desenho animado Fantasia, clássico de Walt Disney de 1940. Me chamou muito a atenção um detalhe que nunca havia antes pensado e que, dessa vez, pareceu explícito. Na cena dos centauros, que interpretam a Sinfonia nº 6 de Beethoven (a Pastoral), aparecem as criaturas de diversas cores: amarelos, azuis, vermelhos… A cena vai se desenrolando até que machos e fêmeas se encontram e formam casais. O que me constrangeu é que o centauro vermelho fica com a “centaura” vermelha, o amarelo com a amarela, azul com azul, e assim por diante (você pode assistir o vídeo no Youtube clicando aqui).
Recentemente, tive a experiência de trabalhar com a Disney ao adaptar a infeliz linha “High School Music” para chicletes e pastilhas. Como bom brasileiro, achei bonito colocar nas embalagens o rapaz loirinho com a morena, e assim por diante – até para dar uma boa “variação cromática” nos rótulos. Enviamos as artes para avaliação dos licenciadores e veio a reprovação: jamais misture os casais! O rapaz loiro deve aparecer com a moça loira, o negro com a negra, o moreno com a morena. Bueno, depois de 70 anos, a Disney continua exatamente a mesma. Ou seja: você pode ser amigo de uma pessoa da outra cor, mas jamais case com ela!
Descontando a questão racista que parece não ter jeito nos pagos norte-americanos, fica ainda outra mensagem que não é tão simples de se caracterizar: o amor é compreendido como o encontro entre iguais, ele ocorre na identificação. Será mesmo?
O amor se alimentaria exclusivamente da semelhança? As diferenças são problema para o relacionamento – seja conjugal, na amizade, no trabalho ou na igreja?
Bueno, se assim fosse, meu casamento seria um fracasso. Isso porque eu e minha esposa somos muito, mas muito diferentes: eu sou designer, historiador-maisoumenos e teólogo-meia-boca. A Eliana é bióloga, professora de inglês e maquiadora. Eu leio romance histórico, ela policial. Eu gosto de ouvir debates no rádio, ela prefere música. Praticamente Eduardo e Mônica (do saudoso Renato Russo – bah, onde estão os poetas de hoje?). Mas também temos convergências: ambos gostamos de pimenta, de experimentar comidas diferentes, viajar e ler na Redenção. De qualquer forma, nosso relacionamento é muito fácil: nos divertimos tanto com as diferenças quanto com as semelhanças. O que combina com o tema abordado pelo sapiente Pr. Oswaldo Mancebo Reis, que realizou nosso casamento. Disse ele o seguinte: “As diferenças não criam problema; o que cria problemas são cinco coisas: não admitir as diferenças, não identificar as diferenças, não aceitar as diferenças, não respeitar as diferenças e não valorizar as diferenças”. Nada mais próprio para o nosso caso. Entendemos e praticamos a mensagem desde aquele dia.
A Bíblia está recheada de amigos dessemelhantes que andavam juntos: o nobre Isaías e o grosso Miquéias; o troglodita do Elias e o educado Eliseu; o idoso Ageu e o jovem Zacarias; o intrépido Paulo com o tímido Timóteo. Todos eles viveram ou trabalharam juntos em harmonia. Por quê?
Porque o amor não é pasteurizante, ele não enquadra o outro num formato pré-determinado. Pelo contrário, ele abraça a integralidade do indivíduo que convive – seja ele semelhante ou não. Simples assim.

Se você quiser ler a mensagem do Pr. Mancebo Reis supra citada, clique aqui.

Crônica escrita por André Daniel Reinke
Para Eliana Denise Grimm: companheira, amiga, suporte – esposa.

Absurdo: Ministra da igualdade da Espanha diz que bebês em gestação não são seres humanos

(Por Matthew Cullinan Hoffman) — De acordo com a ministra da Igualdade da Espanha Bibiana Aído, as crianças em gestação não são seres humanos.
Em resposta a um inquérito formal feito sobre o tema do aborto por um parlamentar espanhol, a ministra Bibiana Aído disse na semana passada que “o governo não pode compartilhar na afirmação de que a interrupção de uma gravidez é a eliminação da vida de um ser humano”.
“Ter um aborto não pressupõe que uma vida humana foi extinta, pois não existe uma opinião unânime com relação ao conceito de um ser humano… porque a ‘vida humana’ se refere a um conceito complexo baseado em ideias e convicções que são filosóficas, morais, sociais e, no final das contas, sujeitas a opiniões ou preferências pessoais”, acrescentou Aído.
A declaração de Bibiana Aído foi feita em resposta a uma pergunta apresentada por Carlos Salvador do partido União do Povo de Navarra (UPN). Salvador por sua vez estava respondendo a uma afirmação de Aído de que “um país não tem dignidade quando mesmo que seja uma pessoa esteja sofrendo maus-tratos”.
Salvador perguntou: “Você considera ou não a eliminação da vida de um ser humano em gestação como um ato de crueldade?” E também perguntou: “Se o ato de abortar envolve a eliminação de uma vida humana, única e irreproduzível, em que princípios e valores você baseia seu argumento para aceitar, como direito da mulher, o pior ato de crueldade que se pode fazer a uma vida humana, que é sua eliminação?” A resposta de Bibiana Aído foi anunciada quase seis meses depois.
Salvador diz que planeja “pedir explicações para essa tese”, que ele chamou de “alucinatória”, numa sessão plenária do Parlamento da Espanha amanhã.
O governo da Espanha, que atualmente está sendo conduzido pelo Partido dos Trabalhadores Socialistas da Espanha sob o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, recentemente reformou a lei de aborto do país, permitindo que adolescentes até de 16 anos possam realizar abortos por quaisquer razões, sem o consentimento de seus pais...

Fonte: O Verbo / Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Graça Barata X Graça Preciosa



"Não convide as pessoas a aceitar o Senhor Jesus Cristo como Salvador, mas para aceitar o Salvador Jesus Cristo como Senhor. Isso fará uma diferença na decisão e nos decididos" , ensinava o meu discipulador, o missionário batista inglês Dionísio Pape (que me presenteou com o LOC brasileiro de 1930).


O teólogo e mártir luterano alemão Dietrich Bonhoefer falava em uma "graça barata" , de um aceitar Jesus superficialmente, egoisticamente, descomprometidamente, somente para garantir um passaporte para o céu; e uma "graça preciosa" , que carrega a cruz, que gera discípulos, que gera compromisso com o Reino de Deus e os seus valores. O "Ide" é não somente para "anunciar o Evangelho" , mas, também, para "fazer discípulos" .


A religião cristã é integral e integrada, mas, contemporaneamente, foi esquartejada em três propostas parcializantes: a "religião de salvação" , a "religião de libertação" e a "a religião de resultados" .


A primeira se esgota no anúncio da necessidade do novo nascimento; a segunda na necessidade de encarnarmos os valores do Reino de Deus de Justiça e de Paz em um mundo de opressões, exclusões e injustiças; a terceira na ênfase pastoral quanto às necessidades humanas de cura de suas enfermidades espirituais, emocionais e físicas, e de suas carências de emprego, segurança, paz doméstica etc.


Essa divisão demonstra como o pecado embota o entendimento e fragiliza a missão. Somos uma religião de salvação, de libertação e de resultados.

A Igreja deve integrar todos esses aspectos, e observar, periodicamente, onde está forte ou fraca, e canalizar para o altar os dons naturais, ou talentos, e os dons espirituais recebidos do Espírito Santo por seus fiéis.

A Graça Preciosa tem um "antes" e um "depois" , uma perdição e uma salvação. Mas, essa mudança não deve se vincular ao legalismo ou ao moralismo (deixar de fumar, beber, dançar etc.), mas a substituição da obra da carne: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, glutonaria, impureza etc., pelo fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio etc. Não é uma questão de exterioridades ou regrinhas repressivas, mas de algo que vem de dentro surge um novo caráter e um novo temperamento. Esse deve ser o conteúdo dos "testemunhos" dos convertidos.
 
"Aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo" (Ap. Paulo). 
 
Robinson Cavalcanti

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sermão do culto do dia 02 de outubro na Comunidade Evangélica Luterana Da Paz - Caxias do Sul RS - Pastor Alessandro Souto


Sermão Culto Comunidade Evangélica Luterana Da Paz - Caxias do Sul RS
Pastor Alessandro Souto
02 outubro 2010
Parte 1

Sermão Culto Comunidade Evangélica Luterana Da Paz - Caxias do Sul RS
Pastor Alessandro Souto
02 outubro 2010
Parte 2



O poder da oração

Algumas pessoas dizem: “a oração daquele pastor é poderosa!” Mas, afinal, o poder da oração está em Deus ou na pessoa que ora? É verdade que Deus promete ouvir o pedido dos seus filhos e muitas vezes os atende. Mas é importante lembrar que o poder está em Deus e na sua fidelidade. Confie sempre em Deus e lembre que acima de tudo está a vontade dele. Ele é quem determina todas as coisas, e é preciso confiar nele e aceitar tanto o “sim” como o “não” em resposta aos nossos pedidos, pois nem sempre a resposta de Deus é a resposta que nós desejamos. Mesmo sem pedirmos Deus enviou o seu Filho para morrer em nosso lugar e assim nos garantir a maior bênção possível: a vida eterna no céu. Confie em Jesus. Ele sabe o que é o melhor para você e sempre estará ao seu lado.

Oremos: Bondoso Deus, ouve a minha oração. Ajuda-me nas minhas necessidades, mas especialmente me ensina a confiar em ti e a respeitar a tua vontade acima de tudo. Amém.
 
 

A misericórdia faz bem

Em um dos sermões mais importantes (e belos) de seu ministério, o “Sermão da Montanha”, Jesus discorre acerca da misericórdia: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5: 7).

Esse versículo distingue-se dos demais pela associação do encontro da misericórdia à sua própria prática, sendo que quem o faz é, então, muito feliz, um sinônimo para o termo “bem-aventurado” — de fato, esse termo faz referência a um outro título do sermão de Jesus, também conhecido como “Sermão das Bem-Aventuranças” ou, simplesmente, “Bem-Aventuranças”.

Isso é interessante de se pensar. No mundo egoísta em que vivemos, no qual se sobressai a lei do “toma lá dá cá”, é bom lembrarmos que, nesse caso, vale a pena “agir por interesse”. É no exercício da misericórdia, que inclui a compreensão, a aceitação e a paciência, especialmente com relação às pessoas que nos são próximas, a fim de que possamos receber os mesmos sentimentos.

Nesse caso, é válida a idéia de que o perdão pode apagar todas as mágoas, que um olhar terno da nossa parte pode dissipar possíveis sentimentos de culpa, que um elogio pode diminuir o peso de um dia ruim para o outro, que palavras brandas e abençoadoras podem aplacar a raiva, desfazer mal-entendidos, libertar um perdido, e que, por mais que nos custe (visto que em qualquer circunstância), o amor de nossa parte pode ser transformador dos nossos relacionamentos. E como a Palavra de Deus não mente...


Fique na paz,

Ap. Rina


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História e perdão

 
Em 2004 foi lançado o filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, com Jim Carrey e Kate Winslet. Quem não viu, assista. É surpreendente. O filme trata do tema do esquecimento: o camarada contrata uma empresa especializada em apagar a memória para excluir lembranças dolorosas do passado (no caso dele, relacionadas à namorada). Não vou contar mais nada para não estragar o final.
A ideia é legal, mas não é nova. Nietzsche, aquele ateuzinho azedo e pessimista, já havia estabelecido a relação no seu livro “Escritos sobre história”, onde afirmou que a serenidade do homem vem tanto da capacidade de esquecer como de lembrar os fatos conforme convém. Para ele, o excesso de história (que é a lembrança) mata o homem. Portanto, só poderíamos ser felizes na medida que selecionamos os fatos do passado, relegando alguns ao esquecimento e outros à memória.
Entretanto, eu discordaria de Nietzsche (e do filme) em um ponto. Não é o esquecimento que nos torna verdadeiramente felizes: é o perdão.
Todos erramos, todos pecamos, não tem jeito. Por mais que busquemos amar a Deus e praticar o bem, acontece de às vezes tomarmos a atitude de um canalha. Então, vem aquele sentimento: de onde saiu isso? Como pude fazer uma coisa dessas? O melhor caminho, todos sabemos, é o do arrependimento, da confissão e do perdão. E essa é a parte mais complicada, principalmente porque a ideia de perdoar é humanamente injusta – uma vez que o ofendido assume o prejuízo da ofensa.
Embora compreendamos a necessidade de perdoar uns aos outros, normalmente esquecemos que a atitude do perdão também deve partir do próprio ofensor: no final de tudo ele precisa desculpar a si mesmo. E esse é um processo muito doloroso porque nos obriga a encarar de frente a realidade nua e crua sobre as motivações da nossa interioridade. A verdade dói, e por isso preferimos esquecê-la.
O esquecimento (que Nietzsche percebe como fator determinante da felicidade) na realidade acaba criando em nós uma caricatura: não chegamos nunca à própria essência porque não encaramos a verdade sobre nós mesmos. Mas com o perdão vem o autoconhecimento, pois a confissão do pecado é uma admissão da nossa realidade falha e inacabada.
E assim, somente encarando de frente a verdade do que somos lá no fundo – sem ocultá-la por meio do esquecimento – é que poderemos ser verdadeiramente livres. E encontraremos a paz com nossa própria história.

Crônica escrita por André Daniel Reinke

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