“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. (Martinho Lutero)

domingo, 5 de setembro de 2010

Porque cada dia mais as pessoas cometem crimes por motivos banais?

         Assisti neste último domingo uma reportagem no Fantástico, (postado em 17 de agosto) que tentou responder a pergunta acima. O resultado da reportagem – NENHUM. A reportagem terminou e não ofereceu resposta ao que ela mesma propôs. A opinião deste autor é que, a Globo não respondeu a questão que ela levantou, porque ela não tem a resposta.
Deus em sua Palavra é o único que pode nos dar esta resposta. A Bíblia apresenta logo no início de seus registros, um crime por motivo banal. Caim, o filho mais velho de Adão e Eva, matou seu irmão mais novo Abel, “apenas” porque sua oferta não foi aceita por Deus, ao passo que a de seu irmão foi. O problema não estava em Abel, nem na oferta, nem em Deus, mas em Caim – “ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante (Gn 4:5). Em suma, a inveja, um pecado “recém-chegado” ao mundo, levou Caim a matar seu irmão. O fato é que desde que o pecado entrou no mundo a vida perdeu seu valor. Afastado de Deus, o homem está entregue a si mesmo. E para o homem caído, nada e nem ninguém tem mais valor que sua própria pessoa.
O humanismo achou que seria o resgate do homem. Era a maravilha da filosofia de Protágoras posta em prática. Mas o tempo passou e o que resta é o fato claro de que o homem não pode resgatar a si mesmo, nem a sua dignidade. Para Sartre somos uma paixão inútil. Para os Engenheiros do Hawaii “estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar”. Enfim, seja para um filósofo moderno ou para uma banda de rock brasileira pós-moderna, a vida perdeu o sentido e o ser humano também. Uma demonstração clara está no fato de que logo após a trágica reportagem, a dor das vitimas é substituída pela “alegria” dos gols do campeonato brasileiro. Tudo volta ao “normal”, a vida continua e continuamos sem valor.
Só existe um lugar onde pode ser resgatada a dignidade do homem – na Cruz. Em Cristo somos ligados de novo a Deus e somos recuperados em nossa dignidade. Somente nele, a imagem do Deus invisível presente no homem na criação e distorcida na queda, pode ser restaurada. Só em Cristo o homem reencontra valor. Em Cristo somos “nova criação” (2Co 5.17). Refeitos de glória em glória, segundo a imagem daquele que nos chamou (2Co 3.18). Somos revestidos “do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”(Cl 3:10).
Portanto a resposta à questão acima é: porque a cada dia que passa o homem se aprofunda no pecado e se afasta mais de Deus. Somente uma transformação que tenha seu ponto de partida na cruz pode mudar esse quadro. E nesse ponto nós, os cristãos protestantes, precisamos rever nossa postura, pois o evangelho que confronta o pecado e o pecador tem sido abandonado em detrimento de promessas mirabolantes de satisfação pessoal ou por uma graça, um amor de Deus que não constrange mais a ninguém (2Co 5.14) à mudança de vida.
Que Deus nos dê o discernimento necessário. 
 

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